Friday, March 22, 2013

ESCLARECIMENTO SOBRE TÍTULO E IMAGEM DO MEU 1º LIVRO


 
Prezados leitores:
Antecipando uma “reacção” interrogativa dos leitores, perante a observação da “capa do meu 1º livros, creio ser minha obrigação adiantar-me aos acontecimentos, com uma explicação sobre “O PORQUÊ” de ter escolhido uma capa com tal “imagem” – aparen-
temente invocando “a morte” de alguém – acompanhada do estranho título “PALAVRAS DE UM DEFUNTO, ANTES DE O SER”.
Acreditem os leitores que estou absolutamente de acordo com todos mas, perante as circunstâncias, se lerem bem, “o dito defunto” ainda está vivo! As insinuadas palavras “dele – do defunto – foram proferidas antes de ser…”defunto”.
E, como prova disso, está o facto que estas linhas estão a ser escrita pelo "personagem" que deu nome ao título - o autor do livro - significando que, o dito defunto ainda não o é!
Mas, dando a mão á palmatória, eu até poderia ter escolhido outro nome, tal como – por exemplo – “As minhas experiências de cerca de 15 anos em África”. Agora, imaginem os leitores quantos portugueses não estiveram em África… e quantos desses mesmos portugueses não terão tido “experiências” muito mais ricas que a minha com episódios – bons ou maus, não importa – muito mais interessantes que os que eu acaso possa ter tido – e tive.
Aqui, apesar de ser minha intenção escrever algo mais “directo sobre a minha experiência em África”, num já iniciado livro intitulado “BISSAULÓNIA”,  tratando-se do meu 1º livro, decidi “violar” as tradicionais formas sobre “dar títulos” a livros, bem como a tradicional “forma de escrever", começando por apresentar um “título” intrigante, suspeito, de aspecto “fúnebre e tenebroso” que, no fundo…é contrariado em vários episódios relatados de uma forma pouco comum, numa mistura de humor e picardia, a par de alguma “inocência literária” próprio de quem nasceu do “nada” filho de uma das famílias mais pobres da minha – O Alcaide – situada na encosta Norte da serra da Gardunha.  
É pois, nesta tentativa de “esclarecer” os leitores que me permito continuar, referindo que o título do livro nada tem a ver com “MORTE”! Mas, mesmo que tivesse, não vejo porque é que não se pode falar ou lidar com “ela” enquanto se está vivo! Depois de morrermos... que graça é que tem a gente tentar “lidar com ela” se ela própria também já não “quer nada connosco”?. Ela quando se convida a si própria para nos visitar, só o faz uma vez! Nunca falha. Uma vez e pronto. Raios  partam!
Será que a tratamos assim tão mal que não “aceita” repetir a façanha duas vezes com a mesma pessoa?
Portanto, esta a minha perspectiva de encarar as cosias da vida e tudo o que dela façam parte, incluindo a malvada da “morte”, queiramos ou não, é parte integral do “ciclo da vida”, porque, efectivamente, só morre quem está vivo”!
 
A não ser - figurativamente falando - aqueles que vivem “como mortos” ou… “meios mortos” de espírito. O facto é que, queiramos ou não…todos nós, grandes e pequenos, ricos e pobres, “brancos e morenos”… Nascemos, para viver! Vivemos, para morrer e morremos para isso mesmo!
 
Está morto…não “pia”!
Nem “xúz…nem búz”!
Finou-se…não chateia mais!
Quanto a mim, no que me foi e é ainda dado observar no decorrer dos anos, perante as mais caricatas situações, nos mais variados e difíceis momentos da minha vida e, e acredite o leitor que não foram poucos, alguns com ameaça de morte – daí, o título do meu 1º livro,palavras de um defunto, antes de o ser”-  cheguei á conclusão que, a melhor forma de enfrentar qualquer situação por mais difícil que possa ser, é adoptar uma atitude positiva, sem medo, enfrentado “o touro de frente” pegando-lhe pelos cornos!
E, francamente falando, estou convencido que, se assim fizessemos todos, poderiamos vir a constatar que se poderá tornar muito mais fácil, mesmo perante a “fatal partida”.
Como exemplo…”imaginem os leitores que, um cão grande de 4 patas, não de 2 – corre na vossa direcção, ladrando ameaçadoramente…na aparente iminência de um ataque!” – Solução? Fugir?
Erro…porque, entre outros factores, o cão corre mais que o ser humano e, como tal, será um convite a um ataque mais que certo. Por outro lado, se cada um de nós - numa situação similar - mostrar coragem e reagir aos latidos do cão, com gestos e voz autoritária, numa aparente atitude de ataque ao próprio cão, quase que lhes posso garantir que o animal “pensará” (?) duas vezes e, em vez de atacar, poderá vir a recuar, num instinto de defesa, em face do perigo inesperado e iminente.    
Voltando atrás, conforme ia dizendo, pelo que tenho observado, muitas pessoas preocupam-se com coisas que não têm solução, quando deveriam dedicar toda a sua energia em resolver as situações que realmente têm solução. Quanto a mim, será pura perca de tempo tentar “arranjar” o que não tem arranjo, emendar o que não tem emenda, além de ser um desgaste “físico-mental”, prejudicial á própria saúde, ao tentar remediar o irremediável. E, obviamente, no conjunto de algumas destas situações irremediáveis, sem solução, encontra-se a “mestra de todos”!
A “PUTA DA MORTE!”!
Deste modo, perante esta irrefutável realidade, não há nada melhor a fazer do que, tentar estar preparado para a “abraçar” quando ela bater á porta!
Aqui, tanto o atingido como a atingida e respectivos familiares, - mulher, marido, filhos e filhas e demais parentescos – se estiverem preparados… irão notar que, por muito difícil que possa aparentar ser, tudo se vai tornar mais fácil.
E porque é que havia – ou há-de – ser de outra forma? Acaso é algo que não se esteja á espera? Não é certo que, quando faz a sua declaração de impostos (aqui nos EUA) na maioria dos casos fica á espera do esperado “refundo”? Não é certo que, mais dia mesmo dia, se espera receber uma carta do IRS com um cheque?
Obviamente, quando finalmente o mesmo cheque chega, não se estranha porque era esperado. O que se poderá vir a estranhar é se acaso vem com os números trocados “contra nós” porque, se vier com mais do que era esperado…é só alegria.
Portanto, tal como não se estranhará a chegada do “esperado cheque” – era esperado, porquê estranhar? – também  não  se  deverá  estranhar  da  chegada da “morte”, pela simples razão que, efectivamente, a chegada desta é muito mais “uma certeza” que a chegada do cheque do IRS.
 
A diferença, será na incerteza de “quando”. Que vai chegar…é mais que garantido! Quanto ao cheque…pois, dependendo das circunstâncias, por vezes recebemos uma surpresa ou pela demora ou pelos números!
Até diria mais!
Quanto á “morte”, em certas circunstâncias a “sua” chagada até deveria ser celebrada se, por exemplo, “quem parte já tem uma certa idade e, “ela” chegou sem aviso, com a sua mão “benévola” (?) de unhas aguçadas, pega suavemente na pessoa atingida - sem a fazer sofrer com as unhas - e parte com ela sem dizer “xúz nem búz”, como se tivesse sido “uma morte santa”!
 
Então, se poderá ser uma “morte santa”…porque não “celebrar”?
Que aconteceria se, ao contrário, ”o seleccionado ou seleccionada” ficasse semanas, meses e anos…”a apodrecer num leito de uma cama ou numa cadeira de rodas” á espera que “A PUTA” se dignasse a passar ali pela sua porta?
O óbvio é óbvio e, como tal…fico por aqui.
ESPERO QUE ESTAS PALAVRAS DISSIPEM QUALQUER DÚVIDA SOBRE O CONTEÚDO DO LIVRO, CONSIDERANDO A CAPA E O TÍTULO COMO ALGO QUE FOI ESCOLHIDO DE PROPÓSITO, PARA MANTER UM SUSPENSE MAIOR NA SUA DECISÃO.

VAI VER QUE O ASPECTO "FÚNEBRE E TENEBROSO" NÃO É MAIS QUE UMA PEQUENA PARTE DO "HUMOR" ESPALHADO PLEAS LINHAS DESTE LIVRO. 

Finalmente, convido a passarem "a palavra" aos vosso amigos, indicando os blogues associados a este.

http://lusolink.blogspot.com
http://bloquedotito.blogspot.com
http://catotacrioula.blogspot.com - só para adultos!
 

1 comment:

  1. Caro Camarada que está do outro lado do Mar.

    Dizem ser Fado Português haver sempre alguém, que tenha algo comum, do outro lado do Mar.
    Gosto da Prelecção sobre o tema. "[...] (E)fectivamente, só morre quem está vivo]".
    Estamos vivos e temos as palavras, do defunto, sempre na ponta da língua.
    Haja tempo para as passarmos a limpo.
    Parabéns.

    Abraços

    SOL

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